AHETA preocupada com o futuro da economia no Algarve

A AHETA – Associação dos Hoteleiros do Algarve considera insuficientes as medidas do Governo para apoiar as empresas“ estando as mesmas muito aquém das necessidades turísticas e empresariais”. Em nota de imprensa a associação adianta que o lay-off simplificado foi, de entre todas as medidas anunciadas, “aquela que melhor serviu os interesses empresariais do turismo”, mas é necessário que os pagamentos da responsabilidade do Estado cheguem na data prometida, ou seja, 28 de abril. A AHETA reitera que as empresas só poderão suportar os 30% dos 66% dos vencimentos dos trabalhadores durante cerca de 2 meses. Assim sendo, uma vez que a situação atual, ao que tudo indica, vai prolongar-se para além deste prazo, “torna-se urgente que o governo decida assumir a totalidade dos 66%, caso contrário as empresas terão de extinguir postos de trabalho”.
A mesma associação indica que, as linhas de crédito se têm revelando “um verdadeiro pesadelo” para as empresas, “desde juros demasiado elevados e burocracia envolvida terrível, para além de outras condicionantes que a banca coloca à maioria das empresas”.
Segundo a AHETA; o governo deve estipular um prazo máximo de 15 dias, para as instituições financeiras se pronunciarem, independentemente dos detalhes processuais posteriores.
A mesma entidade recorda que, os créditos não são subsídios, mas dívidas que precisam ser pagas no futuro. “A verdade é que, uma vez que a atividade turística vai demorar muito tempo a recuperar, as empresas vão confrontar-se no futuro com menos negócio, mas mais dívidas e encargos – uma situação economicamente explosiva”.
Para a AHETA, o governo não pode descartar a hipótese de conceder financiamentos a fundo perdido ao setor turístico, sob pena deste não poder ser competitivo “aquando do reinício de uma recuperação que se prevê lenta, progressiva e muito prolongada”.
Os mesmos representantes do setor recordam que, no Algarve já há empresas com salários em atraso, porque não tendo a sua situação fiscal regularizada com a Autoridade Tributária e a Segurança Social, não podem aceder ao lay-off nem às linhas de crédito, sendo forçadas a proceder a despedimentos coletivos e à extinção de postos de trabalho.
A AHETA expressa a sua maior preocupação com o setor turístico, já que aponta que a retoma só se verifique a partir da Páscoa do próximo ano e, mesmo assim, de forma lenta e gradual.
Defende por isso, a preparação de uma estratégia de promoção turística, através do reforço de mais meios financeiros e de um maior envolvimento dos parceiros privados. Para a AHETA é imperioso reorientar toda a estratégia promocional do país e de regiões como o Algarve, assim como o funcionamento, missão e objetivos do Turismo de Portugal, face às novas realidades dos mercados e da mudança substantiva dos canais de comercialização e distribuição de férias, “já para não falar das alterações profundas no mundo da aviação e do transporte aéreo mundiais”.

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